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DNA FSA – Luísa Ameduri: Empresária e Bióloga

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Como egressa da Fundação Santo André, Luísa Ameduri compartilha aqui sua trajetória em Ciências Biológicas: da curiosidade infantil por animais até a escolha profissional pela arborização urbana, plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas. Nesta narrativa, conta o que a trouxe até aqui, as experiências práticas que marcaram sua formação e os passos que o levaram a abrir uma empresa dedicada ao manejo arbóreo.

Por que escolhi Ciências Biológicas

Sempre acreditei que biologia é uma vocação. Desde criança eu era aquela menina curiosa por aranhas, sapos e plantas, querendo entender como tudo funciona. Na graduação descobri que o curso permite estudar desde microrganismos até ecossistemas inteiros, e essa amplitude me encantou. Eu comecei com vontade de trabalhar com biologia marinha e tartarugas, um sonho de infância, mas a formação me apresentou também geologia e botânica, áreas que ampliaram minha visão sobre decisões ambientais.

O caminho até a arborização urbana

No meio do curso tive a oportunidade de trabalhar com arborismo urbano. Em 2014 comecei a atuar em Mauá com diagnóstico e análise de risco de árvores. Fiz iniciação científica em 2015 e 2016 analisando risco de queda de árvores no campus, mapeando oportunidades de plantio e estruturas subterrâneas. Combinei esses trabalhos na monografia e anos depois voltei para monitorar aquela população arbórea.

Inspeção de árvores no campus

Monitoramento e resultados

O monitoramento contínuo, refeito em 2022, permitiu controlar riscos: as árvores mais perigosas foram removidas e hoje podemos prever quais serão necessárias intervenções futuras. O campus, com cerca de 100 árvores, funciona como um refúgio urbano para a fauna. Esse vínculo que tenho com a instituição se manteve mesmo sendo egresso e atuando profissionalmente fora dela.

Formação, professores e experiências práticas

Ter cursado tanto a licenciatura quanto o bacharelado foi essencial para minha formação versátil. Os professores foram peças-chave no meu desenvolvimento — lembro de nomes e frases que até hoje me orientam. A vivência em laboratórios, saídas a campo para fazer testes de solo e visitas técnicas consolidaram o aprendizado. A convivência com colegas de diferentes cursos também ampliou minha rede profissional e pessoal.

Pesquisa, mestrado e retorno às plantas

Fiz mestrado em oceanografia estudando assídeos, um grupo fascinante entre vertebrados e invertebrados. Doei amostras para uso nas aulas de zoologia do campus. Depois do mestrado quis voltar à botânica: aprofundei em fitoterapia e segui me especializando em arborização urbana e recuperação de áreas.

Amostras coletadas durante o mestrado

Do vínculo à atuação profissional: abrindo uma empresa

Percebi a demanda prática por avaliações de risco quando quedas de árvores ganharam destaque em situações de tempestade e blecautes. Por isso abri uma empresa especializada em serviços de arborização urbana. Oferecemos:

  • Planejamento e seleção de espécies
  • Monitoramento, diagnóstico e análise de risco
  • Serviços técnicos: poda, remoção, endoterapia
  • Elaboração de documentos para prefeituras e gestão autorizativa
  • Recuperação de áreas degradadas e nascentes
  • Projetos de educação ambiental

 

Projetos coletivos e visão para o futuro

Além dos serviços técnicos, participo de um coletivo em desenvolvimento chamado Calibil, que pretende integrar todas as frentes de trabalho nos próximos 5 a 10 anos: reflorestamento, educação ambiental e recuperação de bacias. A ideia é transformar conhecimento técnico em ações permanentes no território.

Conselhos que eu daria a quem começa hoje

Se pudesse falar com a Luísa do primeiro semestre, diria: permita-se viver as experiências. Teste caminhos, erre, mude de rota. Os erros fazem parte da aprendizagem. Não se angustie tanto com a véspera de provas ou com documentos; o processo constrói você. Essa liberdade para experimentar foi essencial para eu me tornar egresso com múltiplas habilidades e, eventualmente, empreendedora.

Conselhos para calouros

Por que escolher Ciências Biológicas aqui

Deixo uma mensagem para quem considera o curso: é uma excelente escolha. A formação proporciona contato direto com fauna e flora, vivência em vivário e viveiro, professores dedicados e infraestrutura laboratorial. Essas experiências práticas são fundamentais para se tornar um bom profissional. Sinto-me grata por ter escolhido a instituição e por manter esse laço como egresso que retorna para contribuir.

Como egresso, acredito que a formação aliada à prática abre portas para áreas tão variadas quanto manejo urbano, turismo ecológico, educação ambiental, pesquisa marinha e muito mais. Se você é curioso e gosta de experimentar, a biologia oferece um mundo de possibilidades.

Seguir cuidando das árvores e do ambiente urbano é, para mim, uma missão e um prazer. E como egresso, levo essa experiência para a comunidade e para os lugares onde atuo.

Para saber mais acesse www.fsa.br

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