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Responsabilidade social no ensino superior: como transformar conhecimento em ação

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Responsabilidade social não é apenas uma frase bonita em documentos institucionais. No contexto universitário ela é uma prática concreta que conecta ensino, pesquisa e extensão com as necessidades reais da comunidade. Quando essa responsabilidade encontra os pilares do ASG (Ambiental, Social e Governança) surge um ciclo virtuoso: alunos aprendem aplicando, a comunidade recebe serviços e a instituição cumpre seu papel público de transformação social.

Por que responsabilidade social importa no ensino superior

Universidades formam profissionais, mas também formam cidadãos. Incorporar a responsabilidade social ao currículo significa preparar pessoas que entendem ética, direitos humanos e o impacto de suas ações no território em que vivem. Isso envolve políticas internas — como canais de denúncia, prevenção de assédio e suporte psicopedagógico — e ações externas que democratizam o acesso ao conhecimento e promovem inclusão.

Além disso, alinhar projetos acadêmicos às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU garante que o trabalho desenvolvido responda a problemas urgentes como saúde, educação, desigualdade e meio ambiente.

Da sala de aula para a rua: modelos de atuação

Uma estratégia efetiva é integrar disciplinas de extensão ao currículo. Essas atividades podem ser presenciais ou indiretas (online) e sempre buscam interação real com a comunidade. As ações de extensão não ficam restritas aos laboratórios: elas vão às escolas, centros comunitários, assentamentos e bairros, trazendo soluções práticas e conhecimento acessível.

Formas de interação

  • Interação direta: atendimento em comunidades, medições de saúde, oficinas presenciais.
  • Interação indireta: palestras online, produção de material informativo, páginas nas redes sociais e podcasts.

Projetos que mostram resultado

Pequenas iniciativas trazem impactos concretos. Exemplos demonstram como a responsabilidade social é traduzida em entregas:

  • Estudantes de biomedicina realizando medição de pressão arterial e glicemia em comunidades e no evento de Ação Cidadania.
  • Oficinas de alimentação saudável conduzidas por alunos de pedagogia, com demonstração prática e degustação.
  • Projeto de georreferenciamento de acidentes com motociclistas para identificar pontos críticos e subsidiar políticas públicas de prevenção.
  • Oficinas de segurança digital e combate a fraudes digitais para crianças e adolescentes.
  • Exposições sobre poluição por microplásticos que alcançaram mais de 3.000 visitantes em ações de conscientização.
  • Atuação em comunidades indígenas com atendimentos de saúde e ações educativas.
  • Projetos de combate ao bullying em escolas, com diagnóstico, material educativo e formação de professores.
  • Capacitação financeira para microempreendedores, ajudando no controle de despesas e planejamento.
  • Doações coordenadas, software inclusivo e oficinas de redução do desperdício de alimentos.

Estrutura de apoio: bolsas, selos e políticas

Para que as ações aconteçam com responsabilidade e continuidade, é preciso estrutura. Entre os instrumentos mais relevantes estão:

  • Programas de bolsas: bolsas de iniciação científica (PIC) e bolsas de extensão (PX) que financiam projetos.
  • CEBAS e selos de responsabilidade: programas de auxílio que ampliam o acesso e reconhecimentos que atestam práticas sociais.
  • NAPS: centros de apoio psicossocial e pedagógico que acompanham os estudantes.
  • Resoluções institucionais: políticas contra assédio, procedimentos para exames especiais e canais de ouvidoria.

Esses mecanismos garantem que a responsabilidade social não dependa só de boas intenções, mas de processos que protejam participantes, documentem resultados e possibilitem escala.

Como você pode participar — passos práticos

Qualquer estudante pode ser protagonista. Algumas formas diretas de engajamento:

  1. Escolher disciplinas de extensão integradas ao curso (ASEX) e buscar projetos que dialoguem com sua área.
  2. Planejar ações simples e de alto impacto, como aulas de Excel em escolas básicas ou oficinas de cidadania.
  3. Validar atividades como horas complementares: mantenha os certificados e cadastre-os na plataforma institucional.
  4. Participar do Dia da Responsabilidade Social ou eventos como feiras de cidadania para ganhar experiência prática.
  5. Se inscrever em editais de bolsa PIC ou PX se o projeto tiver componente de pesquisa ou extensão.

Pequenas iniciativas costumam gerar grandes mudanças. Um minicurso de Excel pode abrir portas para centenas de jovens; uma medição de glicemia em feira comunitária pode salvar vidas.

Responsabilidade social não é só falar, é entregar.

Princípios orientadores

As ações devem seguir princípios claros: democratização do conhecimento, compromisso com direitos humanos, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Trabalhar com metas dos ODS permite que cada projeto seja mensurável e alinhado a prioridades globais até 2030.

Conclusão: ser agente de transformação

Assumir a responsabilidade social na universidade é assumir um papel ativo na transformação da realidade. Não é preciso um projeto grandioso para começar. O importante é identificar uma necessidade, estruturar uma intervenção com orientação técnica e avaliar o impacto.

Ao integrar ensino, pesquisa e extensão você não só enriquece sua formação profissional, como contribui para uma sociedade mais justa, ética e sustentável. Seja protagonista: seu conhecimento tem valor quando traduzido em ações que melhoram vidas.

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