Eleições excluem política externa

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Por Profa. Dra. Neusa Romero Barazal

O cenário do Brasil em 2018 é de eleições para a escolha do presidente da República, senadores e deputados federais, governadores de Estado e deputados estaduais. Aos brasileiros votantes fica a responsabilidade de eleger quem vai assumir os próximos mandatos em um ambiente desfavorável devido aos constantes escândalos que envolvem a classe política.

O lado positivo desse panorama são as perceptíveis mudanças de comportamento do eleitor, que aprende a valorizar seu papel na construção do processo democrático brasileiro. Ninguém quer desistir da construção de um País melhor para as próximas gerações e, nesse sentido, não se pode negar a importância do acompanhamento dos programas de governo. É neles que os candidatos se comprometem em promessas para chamar o eleitorado, as quais devem ser cobradas durante todo o mandato.

Importante notar que os planos de governo concentram seu foco em temas como saúde, educação, segurança, transporte, dentre outros, que envolvem políticas internas. É razoável que seja assim, mas, em um mundo globalizado, é inconcebível que políticos, em especial os de presidenciáveis, simplesmente excluam a política externa em suas campanhas eleitorais. Esse é um fato grave porque o Brasil faz parte do mundo e, não pode olhar só para o próprio umbigo.

É importante ao eleitor saber com quem estabeleceremos relações para realizar trocas de amizade, de bens e de serviços mundo afora. O Brasil de hoje é consequência das opções políticas adotadas no passado. Precisamos nos perguntar como o restante do mundo nos vê.

Não quero aqui priorizar a política externa do Brasil em detrimento da interna. Os eleitores brasileiros sabem que somos um País de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais porque vivem esse drama em seu cotidiano. Por outro lado, não se pode ignorar que na sociedade globalizada as relações internacionais das mais variadas naturezas no campo da economia, saúde, educação, negócios, cultura, pesquisa, e de outros tantos, são indispensáveis.

Quando chegar o momento do voto, é bom lembrar que, se de um lado somos vítimas das mazelas que vivemos na política de hoje, de outro nós elegemos os políticos que aí estão. É necessário buscar e exigir o maior número de informações para a tomada de decisão e escolha dos melhores candidatos. Não há fórmula para aprender democracia. É preciso ir tentando porque ao final das contas se esse regime é imperfeito, ainda continua sendo o mais inclusivo.

Sobre a FSAwww.fsa.br – A Fundação Santo André (FSA) é uma instituição de caráter público e de direito privado. Foi criada em 1962 pela lei municipal no 1.840, para manter a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FAECO), primeira escola de ensino superior do ABC, também originada pelo poder público municipal, em 1953. Em 1966 foi autorizada a instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL). No final da década de 1980 a instituição criou o Colégio da Fundação Santo André, de ensino médio, instalado no campus universitário para incentivar a integração dos alunos no ambiente acadêmico. O Centro de Pós-Graduação surgiu em 1990, com cursos de Atualização, Especialização e MBA. No final dos anos 1990 foi criada a Faculdade de Engenharia Celso Daniel (FAENG). Atualmente a FSA é mantenedora do Centro Universitário, que abriga as três faculdades e o colégio.

A FSA possui 3,2 mil alunos e oferece 29 cursos: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis e Atuariais, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Direito, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Geografia, História, Letras, Tecnologia da Informação, Matemática, Pedagogia, Psicologia, Química, Relações Internacionais, Sistemas de Informação, Tecnologia em Logística, Tecnologia da Gestão da Qualidade, Tecnologia em Gestão de RH, Tecnologia em Gestão Financeira e Tecnologia em Marketing.

Neusa Romero Barazal é Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestra em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo, Especializada em Mestrado Em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Graduada em Ciências Políticas E Sociais pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Atualmente leciona no curso Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Econômicas do Centro Universitário Fundação Santo André.