CATIA MELO
Bióloga doutoranda em Neurociência e Cognição pela UFABC e professora de Biologia no Cursinho Maximize.


Porque você escolheu a FSA?
Pela referência na área de Ciências Biológicas, pela localização e pelo valor que, na época, era mais acessível. Além disso, poucas universidades oferecem a opção de licenciatura e bacharelado. Em geral, você precisa optar por um dos dois. E você só terá certeza do que quer depois de algum tempo, sendo difícil decidir isso no início de tudo.
Como foi sua trajetória de carreira até o momento? (do estágio até onde você trabalha atualmente)
No início do curso, meu sonho era trabalhar com pesquisa científica. Porém, quando comecei a entender melhor o que era o mestrado e o doutorado, senti a necessidade de lecionar. Eu queria saber fazer pesquisa, mas queria ser uma referência também em sala de aula na universidade, como a maioria dos meus professores na Fundação Santo André. Assim, lecionei para ensino fundamental, médio, EJA, cursinhos preparatórios, trabalhei com educação ambiental em exposições científicas e no Zoológico de São Paulo, fiz especializações em Educação Especial e Inclusiva e em Libras (Língua Brasileira de Sinais), porque queria saber chegar ao meu aluno em toda a sua diversidade. Só depois disso optei por iniciar o mestrado em Neurociência, que concluí em 2017 e o doutorado que devo concluir até 2022. Hoje entendo que a pesquisa me faz uma professora melhor e que a sala de aula me faz uma pesquisadora melhor. As duas funções são complementares na minha carreira.
Quais foram as maiores dificuldades encontradas no seu início da sua carreira?
A falta de experiência e de oportunidades foi a parte mais difícil. No primeiro ano pós faculdade nos sentimos meio perdidos, sem saber ao certo o que deve ser feito. Optei por lecionar como eventual no estado e fui professora voluntária em um cursinho popular para populações carentes. Essa atividade voluntária permitiu minha contratação em outras instituições e permitiu desenvolver alguma experiência.
Quais são suas lembranças favoritas dos tempos de FSA?
Eu gosto de lembrar dos meus professores, especialmente do José Luis Laporta e do Roberto Carlos Sallai que, assim como muitos outros, foram fundamentais na minha formação. Gosto de lembrar das atividades de campo, das aulas práticas e das amizades que fiz e que levarei para a vida toda.
Como a sua formação na FSA influenciou o trabalho que realiza atualmente?
Profundamente. Percebo que a minha performance na pesquisa e na educação tem pontos cruciais aprendidos na FSA. Às vezes, quando estou explicando determinado conteúdo, lembro do professor que me ensinou aquilo. E penso como ele explicaria esse conteúdo de maneira clara. Ainda são inspirações pra mim, mesmo depois de mais de uma década.
Quais conselhos você daria a um atual estudante da FSA?
Meu principal conselho é não ter medo de errar, especialmente ao sair da faculdade. Experimente, teste, até descobrir o que faz mais sentido para você. Aproveite todas as oportunidades que puder para fazer cursos extras, estágios, iniciações, simpósios, semanas de biologia, etc. Isso vai te ajudar muito a decidir e a ser um profissional de sucesso no futuro.
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